MORTE DA POESIA

Matei a poesia e de seu corpo fiz mortalha
Retalhei o verso à navalha,de cada corte
Eu fiz meu suporte a sustentar toda insensatez
Proveniente da morbidez estática de todos
Adeus à inspiração que vive a povoar meu imo
Cadaverize-se ante à hipocrisia...Sorria
Carpideiras hão de chorar pelo leite derramado
Lágrimas de crocodilo que salgarão a bala
De canhão apontado para a alma da poetisa
Não pensem que esta morte é fugaz
Tem tempo certo, definido nas leis de Moisés
Como resistir ao apelo da morte que te sorri
Alma e realidade caminham juntas, mas peleiam
Sobrando apenas o velho dito:_Rest in peace!

Denise Severgnini
13:10H
10/05/2007


Mote:
"Reencarnação - MORTE - ressurreição" - 
individual ou conjuntamente - sintam -se à 
vontade para falar da morte.


Matei a poesia.Ainda não me sinto em condições de falar de morte.
O falecimento da minha mãe ainda está muito presente nos meus
 sentimentos.Se eu fugi do mote, perdoem-me.