ESCURIDÃO

Uma escuridão lúgubre

Se espalha ao redor...

Um vento miúdo e frio

Teima em soprar minha face.

Tateio com os pés em terreno

De pedras e cascalhos.

Sigo um caminhar trôpego,

Tímido e inseguro.

Ergo o semblante tentando

Ver algum ponto de luz,

Um norte a seguir, um alento

Um caminho seguro

Somente escuridão

Vento gelado e medo...

Mas não posso parar e

Não devo olhar para traz.

Seguir em frente é destino

Não fugirei do meu.

No trôpego caminhar

Percebo passar por uma ponte

Estreita e cambaleante,

Me ensinando um caminho sem volta.

Revivo em minha mente as

Memórias de um tempo que se foi

Que teimam me atormentar a

Pelo menos virar a cabeça para traz...

Mais não posso e não o faço.

Somente caminho... caminho...

Sempre em frente, mesmo

Na escuridão.

 

 

Haromax