SOLIDÃO (I)

O tempo passa lento

E eu aqui tão só,

A te esperar.

Nem sei

Mas o que faço.

Sinto que a vida,

Aos poucos

Se afasta.

E eu aqui tão só.

As dúvidas

Aos poucos

Me arrastam,

Para delírios cruéis,

Que jamais

Imaginei.

Então as lágrimas

Descem lentas.

Toda esperança

Perde até o brilho.

E eu aqui tão só

Não resistindo

Tanta solidão.

Vejo meus dias

Aos poucos

Se acabando.

Em meu refúgio

Tento me ocultar,

Da solidão

Que até parece,

Sem dó nenhuma

Querer da Terra

Aos poucos me tirar.

E eu aqui tão só!