FERIDO DE MORTE
Estive estático durante o dia.
Feriram fundo meu coração.
Minha alma amargurou-se
E logo se tornou fria,
Agora não sei como faço,
Para levantar-me do chão.
Confesso jogaram-me um laço,
Prendendo-me sem compaixão.
Hoje me feriram de morte,
Arrastando-me ainda estou.
Nem sei onde fica o norte,
Nem para onde eu vou!
Sem piedade me atiraram,
Dardos envenenados.
Pedras em mim jogaram,
E eu fiquei machucado.
Hoje me feriram de morte.
Confesso não estou bem.
Maldades de toda sorte,
Humilharam-me também.
Hoje estou muito ferido,
Meu coração quer parar.
Tristezas me fazem sofrido.
Não sei como retornar.
Fizeram-me tantas maldades,
Que nem posso confessar.
Confesso que a falsidade,
Usaram para me magoar.
Jamais confunda o poeta com a sua Obra.