DEIXA-ME CHORAR
(Samuel da Mata)
Deixa-me chorar, te peço, não me acalentes!
Minh'alma almeja suas mágoas dissipar
E não inquiras as angustias que ela sente,
são turvas águas que anseiam ir ao mar
Deixa-me chorar, te peço, os desalentos,
os devaneios, as loucuras e a solidão
Trazer ao peito adormecidos sentimentos,
regar em lágrimas meu espírito em sequidão
Deixa-me chorar, te peço, sem alarido!
Nenhuma compaixão quero despertar
Sufoco e silencio o meu gemido
Somente as lágrimas não consigo segurar
Deixa-me chorar, te peço, não me seques o rosto!
Que adianta minhas mazelas ocultar?
Se lá no íntimo o meu ser morre em desgosto
e o meu pranto é a tristeza a suspirar?
Deixa-me chorar, te peço, pras desventuras
lá do âmago de minh'alma eu desvendar
Buscar vestígios de tristezas e amarguras
pra nas recamaras do silencio as apagar
Deixa-me chorar, te peço, pois só em meu pranto
posso a doçura da vida reencontrar
Lavando em lágrimas de minha vida os desencantos,
pra em sorrisos o meu viver recomeçar
(Samuel da Mata)
Deixa-me chorar, te peço, não me acalentes!
Minh'alma almeja suas mágoas dissipar
E não inquiras as angustias que ela sente,
são turvas águas que anseiam ir ao mar
Deixa-me chorar, te peço, os desalentos,
os devaneios, as loucuras e a solidão
Trazer ao peito adormecidos sentimentos,
regar em lágrimas meu espírito em sequidão
Deixa-me chorar, te peço, sem alarido!
Nenhuma compaixão quero despertar
Sufoco e silencio o meu gemido
Somente as lágrimas não consigo segurar
Deixa-me chorar, te peço, não me seques o rosto!
Que adianta minhas mazelas ocultar?
Se lá no íntimo o meu ser morre em desgosto
e o meu pranto é a tristeza a suspirar?
Deixa-me chorar, te peço, pras desventuras
lá do âmago de minh'alma eu desvendar
Buscar vestígios de tristezas e amarguras
pra nas recamaras do silencio as apagar
Deixa-me chorar, te peço, pois só em meu pranto
posso a doçura da vida reencontrar
Lavando em lágrimas de minha vida os desencantos,
pra em sorrisos o meu viver recomeçar