VOCÊ NÃO VOLTOU PRA DIZER ADEUS

Você nem voltou para dizer adeus

Mas eu também não esperei você voltar.

Eu te conheço muito bem e já sei

Aonde é que tudo isso vai dar.

Aonde tudo isso vai dar.

Sinto dizer, mas eu não sei cuidar dessas flores

Que a gente compra nas floriculturas.

Elas são tão efêmeras,

Por isso eu preferia ter um jardim.

Não sei cuidar direito nem de mim

Quanto mais do amor, que é uma coisa assim

Tão frágil e tão efêmera

Como essas flores que a gente compra nas floriculturas.

Eu gostaria de ter ido ver o Caetano

Mas pensando bem, pode não ser uma boa ideia.

Ele vai tocar perto da sua casa

E eu não quero que pense que é uma desculpa pra te ver.

Eu sei que quando ele cantar aquela canção

Meus olhos vão procurar involuntariamente os seus

E eu vou ter que correr pra não chorar.

Eu não esperei você se despedir,

Mas tanto faz, você sequer leu meu recado.

Hoje é sábado e eu ainda estou sóbrio.

Queria alguma coisa pra me alegrar

Mas daqui do portão não dá pra ver a Lua.

Por favor, não toque essa canção.

Ela é um perigo pra quem sofre de alcoolismo.

Você me disse que não gosta

Quando coisas boas terminam

Mas eu digo que elas têm que terminar.

Você diz que eu sou triste e pessimista

Que tudo que é bom dura pouco

E eu digo que é porque tudo tem que terminar.

É sábado à noite e eu ainda estou sóbrio.

Existe alguma coisa mais triste do que isso?

É quase meia-noite e eu ainda estou sóbrio.

Em guerra com minha própria solidão.

Alexandre Magno
Enviado por Alexandre Magno em 22/09/2013
Código do texto: T4492474
Classificação de conteúdo: seguro