ÚLTIMOS DIAS DE POMPÉIA
As encostas nas colinas trepidam!
É o prenúncio da erupção intempestiva
Do vulcão Vesúvio que avulta em labaredas
E atinge impetuosamente a área urbana
Disseminando terror nas longas horas tardias.
O mar se revolta em vagas enormes
Por vários dias e as lavas saltam
Espantosos estrondos e a atividade sísmica se desdobram.
Do céu escurecido abate-se uma chuva de aves fulminadas
E o mar exala peixes mortos.
Um calor infernal reina sobre toda a região.
Tudo termina para Pompéia.
E as lavas descem em torrentes ao raiar da aurora!
Os gases comprimidos no interior do vulcão
Forçam bruscamente o tampão de lava
E jorram rasgando o ápice do vulcão!
A imensa coluna de fogo precede a fumaça negra
E sucessivas explosões!
O vento arrasta penachos, cinzas pulverizadas,
E caem gigantescas pedras!
Somente a dor viceja os olhares inocentes.
Nada resiste à torturante exaustão, o holocausto
E o deflúvio de sangue dos últimos dias de Pompéia.