" CONFIDÊNCIAS NADA CONFIDENCIAIS"

Uso a poesia como linguagem

para falar do meu interior

minhas confidências espraiam

qual réstias de luar

que prateando o oceano

contam mexericos ao pé do ouvido

e, a brisa sopra-me a beleza

que dizem tenho por dentro, agora

esfriado pela luz do teu olhar

posso confessar sem agonias

ser cedo para amá-la novamente

pois na cristalina escuridão

teu beijo se apaga, sofregamente

o gosto, mistura-se aos lampejos do mar

logo, outras virão amar-me

sem agonias, com nada para dar

ao menos enquanto

eu for poesia...

Sul, em 23/11/1992.

René Cambraia
Enviado por René Cambraia em 03/04/2007
Código do texto: T435777