Árvores Trêmulas e Apáticas

Vejo vulcões ensandecidos lançando as tuas lavas divinas sobres as árvores trêmulas e apáticas

Crianças abandonadas a caminhar descalças por trechos escuros em retas distorcidas

Pântanos extremamente frios e sombrios em dezenas de tristes tardes enfáticas

Nevoeiro voraz a aproximar-se velozmente de medíocres e insignificantes vidas.

Vejo vulcões ensandecidos lançando as tuas lavas divinas sobres as árvores trêmulas e apáticas

Milhares de cinzas dispersas por uma terrível e avassaladora tempestade

Pessoas com olhares destruídos em feições frias e enigmáticas

Tudo aos olhos sanguinários de uma cruel e autoritária divindade.

Vejo vulcões ensandecidos lançando as tuas lavas divinas sobres as árvores trêmulas e apáticas

Peixes agonizando nos lamassais criados por secas mortíferas e deprimentes

Humanos morrendo à cada esquina por desprezíveis doenças assintomáticas

Seres inocentes sedentos por pingos de água em dias absolutamente quentes.

Vejo vulcões ensandecidos lançando as tuas lavas divinas sobres as árvores trêmulas e apáticas

Um mundo repleto de dor a girar incansável perdido no infinito

Há anos eu ouço falar de um ser invisível e as suas mãos sádicas

Escravizando milhões de almas pobres com desprezíveis manuscritos.

Vejo vulcões ensandecidos lançando as tuas lavas divinas sobres as árvores trêmulas e apáticas!

http://alexmenegueli.blogspot.com.br/ 19/01/2013