Ó MORTE
Ó morte
Chegaste enfim
Atroz, fria e certa.
Cega, não vê que sou forte,
Correto e apropriado.
Por que persiste em levar minha alma
Não te sensibiliza o paraplégico
E sua dificuldade locomotora.
Queres me levar por não ser manco
Não te preocupa o cego
Por não conhecer a luz.
Desiste de mim
Ó morte
Deixa-me vivo e forte.
Não te interessa o velho pobre e fraco
O louco, o manquitolo.
Não tens pena do viciado
Da prostituta
Do marginal
Da criança que passa fome
Dos sem destinos
Do triste menino
Sem lar
Sem pai
Sem país.
Deixe-me ó morte
Eu tenho saúde, sou forte.
Tenho riquezas, ambição e sorte.
Leva em meu lugar, o canceroso,
O delinquente, o leproso,
Os sem jeito de gente.
Busca nas multidões
Os inocentes
Os descrentes.
Esqueça-me
Ó morte
Muda teu destino
Relata que não me viu
Por que em tua lauda dos escolhidos
Puseste meu nome como pretendido
Se me desfruto de tudo obtido.
Ó morte
Chegaste enfim
Atroz, fria e certa.
Cega, não vê que sou forte,
Correto e apropriado.
Por que persiste em levar minha alma
Não te sensibiliza o paraplégico
E sua dificuldade locomotora.
Queres me levar por não ser manco
Não te preocupa o cego
Por não conhecer a luz.
Desiste de mim
Ó morte
Deixa-me vivo e forte.
Não te interessa o velho pobre e fraco
O louco, o manquitolo.
Não tens pena do viciado
Da prostituta
Do marginal
Da criança que passa fome
Dos sem destinos
Do triste menino
Sem lar
Sem pai
Sem país.
Deixe-me ó morte
Eu tenho saúde, sou forte.
Tenho riquezas, ambição e sorte.
Leva em meu lugar, o canceroso,
O delinquente, o leproso,
Os sem jeito de gente.
Busca nas multidões
Os inocentes
Os descrentes.
Esqueça-me
Ó morte
Muda teu destino
Relata que não me viu
Por que em tua lauda dos escolhidos
Puseste meu nome como pretendido
Se me desfruto de tudo obtido.