O que fiz não tem perdão!

O que passou ficou na memória

Era um sonâmbulo a gritar, a chorar

Aquilo que em amor não podia cantar

Queria tanto ver o passado despido

Daqueles sonhos e nem migalhas guardar

Fotos rasguei e doei pro vento

Coisas que meu espelho não traz mais

Meu desejo era que o raio nunca

Voltasse a cair naquele lugar, não mais

Sensações de ausência queimavam em mim

Os olhos visto por um mísero espelho

Mostravam nada mais que misérias de mim

O cálice de ouro eu deixei transbordar em choro

E numa virada de mesa cometi o meu maior crime

Esqueci de me livrar do “corpo” e fui condenado

Preso fui me tratar por ter ingerido muita fumaça

Taquei fogo nas memórias e inalei rancor sem perdão

Inquisição de lembranças boas e ruins em meu coração

Talvez alguém um dia me condene, que o faça!

Agi como quis e da crueldade não abri mão

Atirei fora sentimentos em carne viva pro sol consumir

Eutanásia de sonhos em coma não quis não!

Bárbaro esse crime não teve perdão

Mas acalmou meu coração!

Du amor
Enviado por Du amor em 04/06/2012
Reeditado em 04/06/2012
Código do texto: T3705444
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