Nunca
Sei que nunca terei,
Nos rabiscos que faço,
A" radiância” da eternidade,
Felizes os poetas, os escritores,
Que, na profundidade de seu ser,
Podem mergulhar e, ali,
Multiplicar-se em palavras.
Verdadeiros louvores,
Música celeste!
A ecoar no cosmos
E em nossas almas.
Não! Nunca serei cristal.
Limito-me a comunicar
Um pouco de mim mesma.
Mas, as palavras encantadas,
Por certo de mim se escondem.
Sou um pedaço de mistério,
No qual ficaram retidas,
Marcas indeléveis da vida.