IMPOSSÍVEL ENTENDIMENTO
Tento, insistentemente, entender a humanidade,
Seus íntimos espaços de luzes e sombras.
Sua ensandecida busca pela felicidade,
Suas permanentes verdades e mentiras. . .
Olho as vidas retratadas das pessoas,
Peças de teatro de medíocres enredos;
Das quais só se pensa em fugir para o banheiro,
Sem que os atores percebam, ás escondidas.
Ensaio um riso de conteúdo perverso.
Anoiteço deprimido, pensamento ácido
Que corrói a mente e o meu verso
Frágil e descrente - triste cristal espatifado.
Enfim, desisto de qualquer entendimento.
Nesse fim de tarde, o sol não veio se por no ocaso,
Deixando uma dor de mordida dentro do meu peito
Cansado. Então, apago a luz, que enxergar não é mais preciso.
- por JL Semeador, em 03/12/2011, na noite fria da Lapa, quando nuvens negras e pesadas anunciam um temporal -