Não sinto o tempo!

Não sinto o tempo

Nem o temor natural

Que o passar das horas

Traz consigo

Não quero simplesmente pensar

Não quero buscar no infinito

Os problemas que me afligem agora

Que não têm sentido algum

A não ser no âmago do nosso orgulho

Da nossa vaidade

Eu sei

Nós dois sabemos

Meus pensamentos se esvaem

Antes que me possam torturar

Prefiro nós dois, os de sempre

Não os de hoje, amargos, entregues

Quase sem esperanças

Não quero por nós

Pelos dois

Pelos três

Deixar que atitudes banais

Sepultem o nosso amor

Nos amamos como nunca

Ao ensejo em que o receio

Receio de perder tudo

De nos perder para sempre

Apossa-se da gente

Como pensar em te perder

Se tens consigo o tão procurado

Sentido da minha vida?

Como não perder o ânimo

Se um simples devaneio

É capaz de me colocar por terra?

Te escrevi tantas coisas!

Tantos poemas de amor!

Poemas que te agradaram!

Pois, ardentemente

Quero que este

Penetre em tua alma

Como o suave perfume

Que sempre quis

Que o meu amor tivesse!

Nós dois sabemos

Que o remanso esperado

Que a calma procurada

Está dentro de nós

E, ao mesmo tempo,

Em nós.

A cada momento

Sem as eventuais mágoas

Que o caminhar juntos

Que a vida em comum

Nos ofereceu.

Webmar
Enviado por Webmar em 09/11/2011
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