Inferno particular
Todos os planos foram voando para outras pessoas
E tudo o que resta agora é o muito que temos,
Sinto muito por nós, mas não quero mais
Ter olhos úmidos,
Não quero ver sombras, nem quero ouvir a
Fúria do vento.
Se tudo é o tempo quem resolve ou mata,
Eu sei que envelheço, sem olhar a data
E bem que mereço este inferno particular.
Tantos enganos, mas sempre os enganos
Moram com os acertos,
E eu sei que não é normal sempre
Acertar ou sempre errar,
Me dê sua mão, mas, sinceramente,
Não sei ler o futuro,
Tudo o que posso é o melhor nos desejar.
Agosto/2002