Inferno particular

Todos os planos foram voando para outras pessoas

E tudo o que resta agora é o muito que temos,

Sinto muito por nós, mas não quero mais

Ter olhos úmidos,

Não quero ver sombras, nem quero ouvir a

Fúria do vento.

Se tudo é o tempo quem resolve ou mata,

Eu sei que envelheço, sem olhar a data

E bem que mereço este inferno particular.

Tantos enganos, mas sempre os enganos

Moram com os acertos,

E eu sei que não é normal sempre

Acertar ou sempre errar,

Me dê sua mão, mas, sinceramente,

Não sei ler o futuro,

Tudo o que posso é o melhor nos desejar.

Agosto/2002

EDUARDO NEGS CASTRO
Enviado por EDUARDO NEGS CASTRO em 11/10/2011
Reeditado em 11/10/2011
Código do texto: T3269722