Triste como o pardal

“...Sou como o pardal solitário no telhado.” (Davi) Sl. 102.7-ARC

Hoje nessa manhã inocente.

Presenciei um fato lá fora,

Bem no findar da aurora;

Um calmo rumor no telhado,

Eu no meu leito deitado,

Acordava todo latente.

Levantei-me com uma tristeza tal.

No pensamento uma frustração,

Pressentia uma manhã sem animação;

Uma solidão me sufocando,

O ruído no telhado me incomodando,

Olhei o teto e contemplei um pardal.

Prestei atenção no seu gorjeio choroso.

Um canto da natureza,

Um canto de tristeza;

Que mostrava seu viver contrário,

De um pássaro solitário,

Tão lânguido e tão escabroso.

Naquele momento sem igual.

Imaginei com a mente querida,

As tristezas de minha vida;

O passado, o presente, o futuro,

De meus lábios saiu um sussurro:

“Estou triste como o pardal”.

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Lima, Wellington. Sentimentos do Coração, Santa Izabel do Pará, outubro de 2003.

Wellington Varjão Poeta
Enviado por Wellington Varjão Poeta em 01/09/2011
Código do texto: T3195054
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