Inércia

Soubesse eu dizer
O que se passa aqui dentro de mim,
Quando envolta em melancolia
Fico a pensar que chegou o meu fim.


Soubesse eu falar dos medos e angústias
Que assolam os meus dias,
Das vezes que sinto esvaindo-se de vez
Toda a minha alegria.


Mas a minha alma adormecida,
Dormente, fria e indiferente segue,
Caminha pelo seu vale escuro,
Sem se importar com o amanhã.


Estagnada está diante da vida – morta,
Já não quer pensar.

O pensamento dói...
O não pensar também...




 
Márcia Kaline Paula de Azevedo
Enviado por Márcia Kaline Paula de Azevedo em 19/08/2011
Reeditado em 13/05/2013
Código do texto: T3169545
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