VIDA AO LÉU
No martírio dos seus dias
De solidão e holocaustos:
Pupilas paralisadas...
Sonhos tristes na madrugada!
Coração liberto nas esquinas
Sentindo o tremer da noite
Nos uivos abrandados da brisa
Esperando a alvorada...
O dia triste está frio
E num instante anoitece.
Repensando a vida enternece,
Buscando sonhos que não acontecem.
Pelos olhos da noite clara
Em pesadelos e infortúnios,
Veste o manto alcatroado
Dos mistérios do plenilúnio.
Morre o triste a cada sol,
Para viver as sombras serenas,
Rompendo espaços para o céu
Que o espera eternamente!