VIDA AO LÉU

No martírio dos seus dias

De solidão e holocaustos:

Pupilas paralisadas...

Sonhos tristes na madrugada!

Coração liberto nas esquinas

Sentindo o tremer da noite

Nos uivos abrandados da brisa

Esperando a alvorada...

O dia triste está frio

E num instante anoitece.

Repensando a vida enternece,

Buscando sonhos que não acontecem.

Pelos olhos da noite clara

Em pesadelos e infortúnios,

Veste o manto alcatroado

Dos mistérios do plenilúnio.

Morre o triste a cada sol,

Para viver as sombras serenas,

Rompendo espaços para o céu

Que o espera eternamente!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 06/08/2011
Código do texto: T3142736
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