Epitáfio de um amor
Esse frio que banha minha pele, é o mesmo que perfuma minha alma
E me faz voltar a sentir alegria sem perceber essa força bondosa crescer
E num fechar suave de olhos sinto o paraíso enquanto meu coração sente que encontrou a paz
Lembro de músicas, poesias e sonhos e me torno a me apaixonar pela vida, por mim mesmo!
A vontade de continuar de pé não é mais uma utopia e a velha pia de prantos está seca!
Aquela torneira já derramou suas últimas e brandas gotas
Não irei a um cemitério, mas gravarei uma mensagem
Deixarei saudades eternas escritas para esse amor num epitáfio
E haja contradição! Esse frio aqueceu minha alma de esperança
Até as minhas palavras não são mais simples palavras são emoções
Agora cada letra que escrevo parece uma nota musical tocada num piano
Ainda gosto do som das cordas do violão que tocaram inúmeras canções
Aqui nunca nevou, mas o frio congelou todo aquele amor tal um ataúde
Nunca esquecerei esse amor que se converteu numa muralha de gelo
Sim, vento frio, essa muralha não mais derreterá: nem para amar, nem para odiar
Não vou esquecê-la, eu prometo que aquelas cores que coloriram esse desenho
Mero papel em branco, chamado de coração, não se perderão com o passar do tempo
E naquele porta-retrato nossa foto dormirá numa canção de ninar ao som de um piano...