Devaneios

Semblantes flébeis, lágrimas ao vento.

É tempo de dizer adeus. Partamos…

Rumo ao desconhecido, sem ventura.

Com seu réquiem, a morte nos evoca.

Tornar-nos-emos estrelas, quem sabe,

A cintilar no páramo imutável.

Quem sabe a vida não seja o revérbero

Da lídima existência, e seu ocaso,

A consagração para a eternidade.

E quem sabe não haja o céu e o inferno:

A morada final do livre arbítrio!

Todavia, aos que ficam, resta a dor

Da separação; as chagas da perda

No âmago dos entes mais queridos.

Mário Neto
Enviado por Mário Neto em 18/07/2011
Reeditado em 08/08/2024
Código do texto: T3101794
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