Devaneios
Semblantes flébeis, lágrimas ao vento.
É tempo de dizer adeus. Partamos…
Rumo ao desconhecido, sem ventura.
Com seu réquiem, a morte nos evoca.
Tornar-nos-emos estrelas, quem sabe,
A cintilar no páramo imutável.
Quem sabe a vida não seja o revérbero
Da lídima existência, e seu ocaso,
A consagração para a eternidade.
E quem sabe não haja o céu e o inferno:
A morada final do livre arbítrio!
Todavia, aos que ficam, resta a dor
Da separação; as chagas da perda
No âmago dos entes mais queridos.