" CANTOS SOLITÁRIOS VI " (Choro por Todos)
Na caligrafia das lápides
inscreveram um arame farpado
que desapontou a espectativa do tempo.
Todas as idades ocuparam os espaços,
mesmo que em vida, o sol
se erguesse luminoso
à entrada de cada alma.
Choro por todos,
e deposito a minha lágrima
além da pálpebra gasta do sonho
enraizado nas cruzes.
Um inconsolável canto perdura,
enquanto as lendas do passsado
erguem esperanças crispadas de fundura.