Infeliz
Dias de chuva, dor, solidão...
Tristes folhas nas árvores sombrias, isoladas...
Uma tempestade intensa corroe o coração
Do tímido rapaz que segue a estrada...
Os córregos descem com os restos de uma aldeia
A amargura fica presente na face, nos pés e mãos
A alegria nessa terra é o corte de uma veia
E as agonizantes lágrimas encharcaram todo o chão.
Anjos demoníacos perambulam pela mata
Afim de aprisionarem as últimas almas perdidas
É o caos absoluto, e não conto de fadas
Desunião de famílias, extermínio de toda vida.
As aberraçoes surgem atrás daquela montanha
Ofertando ao rapaz, as maravilhas desse mundo
Tudo é justo, pois se trata de apenas uma barganha
Mas a alma está em jogo desse pobre moribundo.
A troca está feita, e o rapaz segue contente
Possue dinheiro e mulheres, tudo que sempre quis
Mas no peito ele sente uma dor desconcertante
É o eterno sofrimento desse incrédulo infeliz.
http://alexmenegueli.blogspot.com.br/ 21/01/05