O Palhaço
Faz graças no palco circense,
Com suas piruetas no palco,
As crianças sorriem alegremente,
Um artista que do riso se faz arauto.
Suas roupas extravagantes,
Seu gestual espalhafatoso,
Suas piadas deselegantes,
Seu corpo se colocando imperioso.
Mas onde está a face do palhaço?
Só observamos aquela maquiagem,
Os desenhos encobrem os traços,
Uma persona de um personagem.
Seu riso forçado,
Por aquela bocarra desenhada,
Esconde o triste traço,
Da solidão que mantém acanhada.
Quanto mais triste está,
Mais risada provoca,
Sua lágrima se retrairá,
O público nem mesmo nota.