O caminho da lagrima

Força da gravidade na derradeira lagrima,

Em câmera lenta desliza em seu rosto,

Como um cobertor aquece suas desilusões.

Enquanto cai, diz tudo que ficou guardado.

O olho sangra porque o coração chora!

Pensamentos clamam vitorias perdidas,

Enraizada na mente uma consciência,

Alerta! Grita bem alto desesperada.

Por ter pedido um amor perdido,

Em ter sofrido esse sonho constante.

O tempo parece parar. Mais uma ilusão!

Descaminho, desencontro planejado...

Nascente de sentimentos soltos ao vento,

A lagrima vai despercebida rolando abaixo,

Atropela as gotas de suor que brotam da pele,

Torna-se maior a cada centímetro que desce.

Nessa avalanche de sentidos descontrolados,

Mostra a todos, as cicatrizes sofridas.

Desabafa e quando parece estar vazia,

Um sentimento anônimo lhe enche de ânimo,

Sente o vigor da vida dentro dela pulsando,

Levanta a cabeça enrijece o corpo,

E como por milagre a lagrima paira no ar,

Resolve tomar o caminho de volta.

Nesse retroceder refaz todo o percurso,

Retorna a aquele olho que se desesperava,

E fez a promessa de só sair quando a merecessem...

Allan Ribeiro Fraga

ESCRITOR FRAGA
Enviado por ESCRITOR FRAGA em 21/02/2011
Reeditado em 21/02/2011
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