O caminho da lagrima
Força da gravidade na derradeira lagrima,
Em câmera lenta desliza em seu rosto,
Como um cobertor aquece suas desilusões.
Enquanto cai, diz tudo que ficou guardado.
O olho sangra porque o coração chora!
Pensamentos clamam vitorias perdidas,
Enraizada na mente uma consciência,
Alerta! Grita bem alto desesperada.
Por ter pedido um amor perdido,
Em ter sofrido esse sonho constante.
O tempo parece parar. Mais uma ilusão!
Descaminho, desencontro planejado...
Nascente de sentimentos soltos ao vento,
A lagrima vai despercebida rolando abaixo,
Atropela as gotas de suor que brotam da pele,
Torna-se maior a cada centímetro que desce.
Nessa avalanche de sentidos descontrolados,
Mostra a todos, as cicatrizes sofridas.
Desabafa e quando parece estar vazia,
Um sentimento anônimo lhe enche de ânimo,
Sente o vigor da vida dentro dela pulsando,
Levanta a cabeça enrijece o corpo,
E como por milagre a lagrima paira no ar,
Resolve tomar o caminho de volta.
Nesse retroceder refaz todo o percurso,
Retorna a aquele olho que se desesperava,
E fez a promessa de só sair quando a merecessem...
Allan Ribeiro Fraga