PEITO SECO

Como um pássaro de asas quebradas

Acostumado às migalhas que o destino projeta,

Percorrendo caminhos que não levam a nada

Perdido entre vertigens de paranóia incerta.

Como o pulo do alto de uma montanha desconhecida

Onde, somente o ar lhe acompanha e se agrega...

Aos teus medos mais afugentes de sua pouca vida

Que para todo sempre os teus sonhos renega!

Como uma doença infecciosa que se prolifera

E corrói gradualmente as entranhas de tua alma,

Diluindo princípios, tuas utopias de outra era,

Derretendo a fé e levando-lhe a face de um trauma.

E quanto mais olho no oculto do meu ser

Lugar, onde o olhar humano jamais chega a entrar!

Apenas a reflexão pessoal consegue ver

Meu coração insano, entre baratas, à delirar!

Todo objetivo perdeu-se por entre os becos

E lá, morreram distantes de tornarem-se reais!

Sofri, chorei... até sentir o peito ficar seco!

Inconsolado e triste... dei adeus aos ideais.

FIM

Kleber de Paula
Enviado por Kleber de Paula em 11/01/2011
Reeditado em 09/04/2011
Código do texto: T2722669
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