coração a quebrar.
apesar de suas mensagens me fazerem bem
algo mudou profundamente
pois não estava a esperar
tais atitudes suas
ainda que em momentos brincasse contigo
a devolutiva fora mais agressiva
senti que não era mera brincadeira
ainda não consegui entender
o que quiseram me fazer perceber
e o por quê
sinceramente, fui pego desavisado
não esperava ter que experimentar tais reações
tão violentas
tão mordazes
tão tristes, enfim
em nenhum segundo qualquer
esperei que experimentaria tais emoções
vindas dessa nova relação
que estava a nascer
jamais esperava vir tais coisas
de alguma forma de você
verdade, fui pego de surpresa
não esperava tudo isso
pensei que a amizade fluiria espontânea
esperei que fosse rolar inocente
como tudo estava a indicar
que assim seria
mas algo maculou a pureza dela
e ao mesmo tempo
que imagino mil coisas
nem sei ao certo
o que foi a causa disto
e se realmente há uma causa externa
sei lá!?
será que existiria mesmo
alguma fluidez nessa relação
de conhecimento e parceira
de tão almejada sinceridade?
a sensação que tenho
que a amizade e o carinho
se algum momento se fizeram existir
no primeiro obstáculo
na primeira muralha
na primeira prova de resistência
sucumbiu
vacilou
como muitas coisas que vejo
tombou
então o que poderia crescer
acho que ruiu
e se não, com certeza trincou
se fazendo rachaduras imensas
pondo tudo em risco
deixando o que sobrou muito frágil
prestes a desabar por cima de nós
me pergunto então:
que intensidade de sentimento existiu?
arrisco a dizer que de minha parte
investi muito
ainda que possa não parecer
pois sinceramente acreditei
em mim, em nós
acreditei em você
não sei em que acreditar
e nem sei se quero fazer isto
pois em primeiro instante
as bases se fizeram tão frágeis
por passar outras vezes
por situações similares
por conhecer bem o fim desta história
não quero por ela sofrer
e acho melhor deixar como está
pois acho que já sei, o que me restará
se assim não o fizer
sonhar com uma amizade entre nós
ufanista
e ter na realidade
meu coração a quebrar
outra vez mais.
paulo jo santo
25/12/2010 - 11h11