DE MUSA SE FEZ SILÊNCIO

De musa escolhida,

a musa descabida,

foi um passo

a rememorar,

levando o poeta

a se atentar,

que estava só sem

palavra da escolhida,

com seus versos

falhos de palavra amiga.

Assim sem musa,

que o poeta usa,

na entrega total,

com setas nos braços

e músculos,

astuto chacal,

devorei géneses,

que do poeta foi um dia,

os poemas cantados,

em firme sincronia.

Tudo isso acabou,

tudo isto findou,

meus versos

vão sozinhos,

na noite sem par,

mais os reversos,

do poema difuso;

não me importa,

nem quero saber,

se há alguma porta.

Jorge Humberto

10/12/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 10/12/2010
Código do texto: T2664592
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