SAINDO DE MIM

Sinto a dor de minha doce vida
Agoniante, sufocante e sem trégua.
A alma arrasta-me para a liberdade,
A morte...
Durante toda minha vida
Procurei o amor, você negou.
Ilusão, medo, dor, deste-me amor...
Busco agora na morte o prazer
Do amor que procurei em você.
Deixo-me dominar, fico a espera,
O fim do exilio está próximo,
Meu farol está para se apagar.
Deixarei a vida sem perceber,
A separação precipitada
Não irá abalar o limite divisório
Que aparta a vida da morte.
A alma irá se desatar pouco a pouco
E não escapará como um pássaro
Que liberto sai em fuga.
A vida e a morte
Tocam-se e se confundem,
O espírito se desprende gradualmente,
Se solta,
Rompe-se,
E vou sem te dar um adeus,
Sem chorar,
Sem negar que te amo,
Sem te pedi um último beijo.
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 04/11/2010
Reeditado em 02/06/2011
Código do texto: T2597409
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.