Embarcações da Saudade

Minha alma, qual jangada ao sabor do vento,

às vezes navega nas águas da calmaria,

outras vezes se perde no mar do tormento

quando é a vela da saudade quem a guia...

E a saudade, caprichosa timoneira,

leva a nau de minha memória bem distante,

faz minha bússola sua prisioneira,

faz minha alma caravela errante

vagando nesse coração imenso e temerário,

que indiferente ao querer das embarcações

se faz cúmplice da saudade, qual corsário,

que menospreza a imensidão das amplidões...

E o vento leve e benfazejo da esperança

é o que vive a desejar minha alma aflita,

singrando nas águas tristes da lembrança,

navegando o oceano imenso da desdita...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 03/10/2010
Reeditado em 05/10/2010
Código do texto: T2536245
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