Entre olhares

Descobri que você mora em todos os lugares

E isso fora tão espantoso para mim

Quando fechei os olhos pude ver e sentir o teu olhar rasgando-me a pele

Você mora debaixo da cama

Pois quando virei para o breu da sob-cama

Vi seus olhos penetrar-me

E seus olhos estão em todos os lugares

Só eles são capazes de me seguir aonde quer que eu me refugie

Eles me sacodem... Secam-me...

E quando eu dormi

Seu par de dilaceradores de alma estava lá.

Eu me rendi. Já não tinha mais para onde ir senão pra ti.

Ah, malditos olhos cor de enigma

Por que persegues-me tanto assim?

Deixa-me um pouco a só com minha dor!

Já o teu olhar, esse sabe bem como me atingir

Fica estático sem dizer nada, só a me corroer

E eu me perco. Eu sonho contigo e com o seu olhar

E quando por qualquer motivo ele decide falar

Não posso mais entender

Arrancaram-me dos teus braços

E amarraram-me refém dos teus impetuosos lábios...

Leon Coimbra
Enviado por Leon Coimbra em 15/09/2010
Reeditado em 31/03/2011
Código do texto: T2500158
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