QUANDO ME ESCONDO DE MIM
Devo confessar que é triste.
Porque sei o que não deveria fazer.
Mas faço. Como faz você, de certo.
Quando me escondo de mim,
na verdade, não procuro nada além,
de só querer me achar.
É triste não se encontrar.
E buscar culpas em tudo ao redor.
Esse pega-pega da alma não conta
até dez.
Faz de conta, só, que não dá conta.
E o coração se esconde igual.
Por entre veias e bumbos, faz de conta
também, que é só uma bomba.
Esquece as funções do amor.
E poderia estar em qualquer lado do peito.
Batendo ou sem bater.
Querendo ou sem querer.
Devo confessar que tem sido triste viver.