Existo? Não mais...

Durmo no afligir de mais um acordar sobressaltado
Sem a essencial necessidade da vida a nos sorrir
Materializo o pensar no que ainda está no porvir a advir

Ainda vivo a alguns e alguém do alimento que amo
Resisto no grito e choro ao meu íntimo
Quando não mais vejo sonhos a nos sentir

Fui... ? Volto quando... ? E se morri... ?

Durmo não acordo será que recordo o voltar sem esquecer
Sou no agora mais um inanimado ser sem o querer
Omisso não mais sinto o compromisso se o fui a ser

O que não sei e nem serei tenho na certeza o quão esperei
Oh! Como tentei... Eu que sei... E o que dirá você meu bem?
Que árduo esperar de minha eterna guerreira sempre a lutar
E se doar a agora apenas réstia do meu pequeno ser e de tão grande querer
Que não soube oferecer ao conjugar “propiciei” melhor viver a vocês.


Julio Sergio
Recife-PE.
(11.09.06)