Poetisa das Dores
Minhas poesias moribundas
Talvez saiam das cordas de um violão,
Caem ao anoitecer inundas,
Viajam iguais Corvos e assim vão.
O som que ecoa no deserto
Eis de meu Poetar,
De um vazio tão incerto
Que a voz branda faz ressoar.
As Lágrimas são a minha matéria-prima,
Oh não as seque agora!
Preciso encontrar uma rima
Mostrando a dor que implora.
Sem livrar-me do devaneio
Minh’alma triste e infinda
Permanece incompleta, ao meio
Em busca do sossego ainda.
Talvez eu consiga em um sonho
D’aquele que era tão Meu,
Mas há realidade em meu poetar medonho
Ele demonstra um verso feliz que adoeceu.