Poetisa das Dores

Minhas poesias moribundas

Talvez saiam das cordas de um violão,

Caem ao anoitecer inundas,

Viajam iguais Corvos e assim vão.

O som que ecoa no deserto

Eis de meu Poetar,

De um vazio tão incerto

Que a voz branda faz ressoar.

As Lágrimas são a minha matéria-prima,

Oh não as seque agora!

Preciso encontrar uma rima

Mostrando a dor que implora.

Sem livrar-me do devaneio

Minh’alma triste e infinda

Permanece incompleta, ao meio

Em busca do sossego ainda.

Talvez eu consiga em um sonho

D’aquele que era tão Meu,

Mas há realidade em meu poetar medonho

Ele demonstra um verso feliz que adoeceu.

Leticia de Faria Trindade
Enviado por Leticia de Faria Trindade em 12/06/2010
Código do texto: T2316399
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.