Mórbida Tristeza
Vejo audácia entre a Tristeza
Que ocorre em momento insano
Torna a vida sem beleza
E o dia torna-se um ano.
Viver-ei feliz de mentira
Com ausência de vontade,
Queria apenas voar, amar com lira
Embalsamar a vida de Felicidade.
Ó mórbida tristeza...
Éreis a vós meu julgamento,
Acovardou a dor que permanecia
De tão-somente prélio de tormento
Não vivaz meu ser d’agonia!
Leve embora minh’existência,
Crave a espada lânguida da Morte,
Deixais apenas a essência
De que um dia fui forte.
Torne-me alenta e alada,
Voar-ei aurosa na brisa pura,
Junto às flores e fadas,
Na Primavera, sem desventuras.