SONHO DE PAZ
Fosca, cálida e triste,
A tarde perde o crepúsculo
Quando relembro holocaustos
Impostos aos inocentes
Por atos vis e nefastos!
Um eflúvio vago de sonhos
Leva-me à esperança
De um porvir longe das dores
E de insanas mãos esquálidas,
Despudoradas de amores.
Buscando amenizar meu pranto,
Os passarinhos gorjeiam
Em harmonia os seus cantos!
A natureza observa-os
E em levante nas colinas,
Os condores se divertem!
A eclipse então, se dissipa
Quando em idiossincracias,
Toma forma a poesia
Na acalentura sublimada e pura
Do céu que em festa me acolhe
E entre flores perfumadas
Caem gotas dos meus olhos!