Embarcação Maldita

Longe do céu...

Perto do mar...

Sonolenta e sozinha esta.

A navegar no manto anil...

A flutuar no grande vazio...

A carregar este doente sombrio...

A despejar o restante do doce sabor juvenil...

Na embarcação um doce sonar.

Mas ao seu lado, grande pesar.

Sobre cavilhas e velas malditas,

vê-se o barco de negros tripulantes.

Gritos, urros de dor...

Falta de amor...

Morte descendida de pálida alforria.

Seu comandante,

vigilio, desgraçado, chicote laçado.

Sangue inocente derramado.

Sobre o convés sombreado.

Fernanda Koziel
Enviado por Fernanda Koziel em 22/01/2010
Reeditado em 11/10/2016
Código do texto: T2044842
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