Embarcação Maldita
Longe do céu...
Perto do mar...
Sonolenta e sozinha esta.
A navegar no manto anil...
A flutuar no grande vazio...
A carregar este doente sombrio...
A despejar o restante do doce sabor juvenil...
Na embarcação um doce sonar.
Mas ao seu lado, grande pesar.
Sobre cavilhas e velas malditas,
vê-se o barco de negros tripulantes.
Gritos, urros de dor...
Falta de amor...
Morte descendida de pálida alforria.
Seu comandante,
vigilio, desgraçado, chicote laçado.
Sangue inocente derramado.
Sobre o convés sombreado.