O PÊNDULO DAS HORAS

No tic-tac do pêndulo

Do relógio que não para,

Meu aflito coração segreda

Pensares que se afloram.

Os pensamentos fluem

Entre buscas e dores

Na incógnita do meu mundo

Feito de espinhos e flores.

Ah! Relógio que não para,

Aflora mágoas em meu peito

Ou trás angústias suspensas

Ao meu coração que chora.

Os ponteiros frios e ágeis

Indiferentes ao meu pranto,

Seguem altivos sem acenos

Ao langor do meu lamento.

Nesse tempo ininterrupto

Que me leva ao além

Nascem flores de angústias

No tic-tac que vem.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 18/12/2009
Reeditado em 01/09/2024
Código do texto: T1985242
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