O PÊNDULO DAS HORAS

No tic-tac do pêndulo

Do relógio que não pára,

Meu aflito coração segreda

Pensares que se afloram.

Os pensamentos fluem

Entre buscas e dores

Na incógnita do meu mundo

Feito de espinhos e flores!

Ah! Relógio que não pára:

Aflora mágoas em meu peito

Ou trás angústias suspensas

Ao meu coração que chora!

Os ponteiros frios e ágeis

Indiferentes ao meu pranto,

Seguem altivos sem acenos

Ao langor do meu lamento!

Nesse tempo ininterrupto

Que me leva ao além:

Nascem flores de angústias

No tic-tac que vem...

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 18/12/2009
Código do texto: T1985242
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