Você não entende meu silêncio,

Você não entende meu silêncio,

precisa das palavras, dos por quês,

das respostas exatas

contidas num olhar sem vida;

Vencido, ferido, deixado ao chão

como migalhas.

Quebrado feito vidro

você quer do meu peito

um coração manchado de preto,

e rosas perfeitas

de um jardim de sonhos

regado de dor

Sem espinhos,

Vermelha, macia, intocada;

A flor que nasce no inverno

da minh'alma

morre no silêncio do meu descaso.

Eu sou um galho

velho, rachado

podre, aos pedaços,

Introspectivo de uma alma vagante

De um sonho esquecido

Morto, ferido, magoado.

Luiz Quintanilha
Enviado por Luiz Quintanilha em 03/12/2009
Código do texto: T1957894
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