Você não entende meu silêncio,
Você não entende meu silêncio,
precisa das palavras, dos por quês,
das respostas exatas
contidas num olhar sem vida;
Vencido, ferido, deixado ao chão
como migalhas.
Quebrado feito vidro
você quer do meu peito
um coração manchado de preto,
e rosas perfeitas
de um jardim de sonhos
regado de dor
Sem espinhos,
Vermelha, macia, intocada;
A flor que nasce no inverno
da minh'alma
morre no silêncio do meu descaso.
Eu sou um galho
velho, rachado
podre, aos pedaços,
Introspectivo de uma alma vagante
De um sonho esquecido
Morto, ferido, magoado.