INSENSIBILIDADE

Perdoe-me se não choro pelo seu pranto;

E, pelo seu drama, não me espanto.

Não lamento seu sofrimento;

Nem me incomodo com o ferimento.

Não me desespero com sua má sorte;

Nem morro com sua morte.

É que minhas lágrimas secaram

E minha dor adormeceu.

Tornei-me imune à emoção;

Com os enigmas dos estigmas do meu coração.