MALOGRADO
Meu lânguido sorriso a pernoitar,
Dentro minh’alma malferida,
Tantos sentimentos assolados,
Insalubre o peito malogrado!
Desaterro o mais fundo de mim,
Em busca do meu eu perdido.
Em pranto seco ferido grito:
“-Quero me encontrar, porque
Sem mim não sou eu
Sem eu sou um ser sem mim.”
Rebento em martírio triste névoa
Fatigado, fracassado, farto,
Então, soluço, caio e morro!
(Colibri Lunar)