Alma errante

Plenilúnio denso... Cerne em breu
Minha essência voeja ao léu
Teu afeto sincero... Feneceu!

Denise Severgnini


Alma errante , desamor cortante


Plenilúnio, lua plena de plúmbeo matiz
Denso, invisível ao sensível espectro
Cerne doentio sem teu autêntico cetro
Em mim há sombras... Permaneço infeliz!

Breu tingiu a noite, dantes em claridade
Minha epiderme, no abandono,  arrefeceu
Essência antiga, no éter, evanesceu
Voeja o sangue que se esvai na obscuridade

Ao distante torpor de lua na alma viajador
Léu, ensejo luarento, desnuda a tristeza
Teu trabalho é fruto de profundo desamor

Afeto fez-se mescla de desatino sem euforia
Sincero foi meu anseio em tua esperteza...
Feneceu o pouco de mim que ainda tinha alegria


Denise Severgnini//Denise Severgnini
Denise Severgnini
Enviado por Denise Severgnini em 09/06/2009
Reeditado em 10/06/2009
Código do texto: T1640483
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