Alma errante
Plenilúnio denso... Cerne em breu
Minha essência voeja ao léu
Teu afeto sincero... Feneceu!
Denise Severgnini
Alma errante , desamor cortante
Plenilúnio, lua plena de plúmbeo matiz
Denso, invisível ao sensível espectro
Cerne doentio sem teu autêntico cetro
Em mim há sombras... Permaneço infeliz!
Breu tingiu a noite, dantes em claridade
Minha epiderme, no abandono, arrefeceu
Essência antiga, no éter, evanesceu
Voeja o sangue que se esvai na obscuridade
Ao distante torpor de lua na alma viajador
Léu, ensejo luarento, desnuda a tristeza
Teu trabalho é fruto de profundo desamor
Afeto fez-se mescla de desatino sem euforia
Sincero foi meu anseio em tua esperteza...
Feneceu o pouco de mim que ainda tinha alegria
Denise Severgnini//Denise Severgnini