UM NÓ NA LINHA

Olhando de lado

absolutamente calado,

vejo partir meu futuro.

É duro não conseguir

segurar esse trem.

Por mim dava um nó na linha.

Tapava o chaminé

e explodia a caldeira,

além de viadutos e pontes.

Com uma borracha,

apagaria as estações.

Com um crayon, esboçaria

novo maquinista.

Tudo pra segurar esse instante.

Olhando de lado, me vejo assim,

insinuante, mas sem forças.

Acredite, sem borracha, nem papel

e nem grafite.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 01/05/2009
Código do texto: T1570816
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