Quem sabe se fizermos silêncio?

O tempo é uma incógnita não é?

A Eternidade...

Isso é o tempo,

O tempo é a eternidade

Que para nós surge disfarçadamente

Temos esperança

E essa é eterna

Mas não temos tempo

Para vê-las consumadas

Nossos sonhos

Estão nalgum ponto da eternidade

E trilhamos caminhos

E entramos em encruzilhadas

Muitas vezes não sabemos mais voltar

Nosso sonho mais autêntico e profundo

Pode, num tempo, ter estado ao nosso lado

Mas indo numa outra estrada

Enquanto isso nos perdemos

E se pudéssemos voltar

Se nos dissessem, olha, vi, por ali, o que procurava,

Passou por aquela estrada

Ia naquele rumo

Há dois tempos

E se corrêssemos

E se nos desesperássemos

Usando toda nossa energia para isso

Até mesmo a energia de nossa loucura encubada

Não encontraríamos mais nada

Porque o tempo vai sempre adiante

E nunca o consegue acompanhá-lo

Quem o vem seguindo seja por qual seja a estrada...

Nossos sonhos mais lindos

É uma coisa imaginada

E apenas com as mãos puras do nosso coração

Essa idéia pode ser acariciada

E assim

Dia vai

Dia vem

Dia vai

E a gente pega muitas estradas

Sonhando sempre

Porque sem isso, não somos nada

E essa pode ser uma verdade

Alguém pode ter a sorte

De encontrar sua idéia encantada

Aquela que o faz esquecer as mazelas

As durezas das estradas

Outras não, amiga,

A maioria, as pessoas da madrugada,

Vivendo muito ou vivendo pouco

Não se encontram nesse mundo

E tem as pupilas amarguradas

Não é que não sonharam

Não que não tiveram idéia divinizada

Alguma coisa que as faziam ir e vir

Mesmo às vezes sem vontade

Por estradas e ruas

Cidades e vilarejos

Não

Não isso Fátima

Um dia atrás de outro

Elas sempre com a felicidade idealizada

Torcendo

Orando

Pedindo a Deus

Que suas vidas fossem mudadas

Coisas simples

Como serem amadas

Terem a quem dar seu amor

E tempo

Que nunca estanca

Ia às enganando com um dia de sol

Umas flores bem perfumadas

E com poucas coisas, essas,

Muitas delas conviveram com

A vida que acharam

A desvida

A loucura

Com tudo isso

Elas conviveram

E muitas foram enganadas

Mas muitas mesmo foram ludibriadas

E as pálpebras pesadas

Não raramente é a consciência inaceita disso

Alguma coisa as dizem

Que suas belas fantasias, puros anseios de afeto

Foram eternizadas

E assim

Quando elas se vão

O que para muita gente é um mistério

Quem sabe elas não as encontrarão

Desfeito, o ser humano é eterno

E os tempos para eles não mais existirão...

Não haverá mais estradas

Nem bifurcações

Ninguém sabe direito e certo o que haverá

Mas seja o que for

É muito, muito mais lindo do que o temos cá...

O tempo é silencioso

Temos muito que aprender com ele

Quem sabe se não falássemos mais

Quem sabe Fátima

Quem sabe pudéssemos ver o caminho...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 27/03/2009
Código do texto: T1509430
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