AREIAS DO TEMPO
Caminhando pelas areias do tempo
Desejando a todo momento
Que o brilho das estrelas apaguem
Que esta lua miguante desapareça
Para que eu esconda meus desejos
Os mais sombrios que eu possuo
O Vento levanta uma fina camada de areia
Que estremece todo este corpo
Passado, presente e futuro se erguem
Junto com as areias do tempo
Me perseguem, me iludem e me fascinam
Estou perdido entre desejos reprimidos
As reminiscências deste passado
Tão pouco conhecido
Me trazem a um abismo
Onde se ouve minhas lamúrias
E o réquiem do tempo
A marcha fúnebre inicia-se
Estou a vagar nestas areias
Destinado a seguir sozinho
Caminhando sob as areias do tempo
Desejando esconder meus desejos
Os mais impuros e sombrios
Para que eu não me perca
Entre minhas lamúrias
E nem entre minha fragilidade humana