HORAS OBSCURAS
Nas minhas horas mais obscuras
Eu anseio pela luz que minha vida devora
O inverno está próximo
Estou a procura de uma chave, uma porta, meu próprio fim
Ouça minha voz
Não tenha medo
Não tema as tempestades
O inverno é um tempo tranqüilo
Nas noites obscuras
Eu quero ver o amanhecer
Traga-me a chave que falta
Ouça minha voz
Clame por minha ajuda
Suba para cair
Mais não retroceda
A noite é longa e fria
Eu quero te ver aqui
No meio deste inverno
Se entregue para mim
Se entregue de corpo e alma
Estou de pé aqui
Te vejo subindo
Enfrentando a tempestade
Venha ao meu encontro
Não irei sanar minha mente sombria
Eu não vou negar
Estou triste com este desfecho
Pegue minha mão
Vou te conduzir daqui
As trevas que habitam em mim
Devora toda a luz que trouxeres
Estes sentimentos que não lhe demonstrei
Vão permanecer desconhecidos
Eu não sou forte, nunca fui
Estes segredos eu guardei
Por toda esta minha vida
E agora que sabes
Irá morrer para protegê-los
Solto tua mão aqui
Pois já fiz o que eu queria
Meus segredos foram passados
Mas tua vida foi o preço
Morra para protegê-los
Assim como eu farei também