Lágrimas
Tanto pranto a formar pequenas pétalas,
A correr em faces maculadas, dóceis, angelicais...
Como uma lança ferindo corações
Que padecem e suplicam em seus ais!
Desatinos, incompreensões, amarguras...
Vidas vazias, mas cheias de ternura
Tantos motivos levando ao desconsolo
Mas tantas razões para a esperança vindoura.
Lágrimas ardentes que fluem e deslizam.
Sufocam e caem deixando rastros hostis,
Como a brincar com tão puros sentimentos,
De sensibilidades puras e infantis.
Oh! Murmúrios cálidos que sufocam...
Quietude ímpar de aflição!
Gotas que externam a explosão interna
A lembrar passiva: os deslizes, a dor, a ilusão...
Entre suspiros sentidos
Vagueiam confusos pensamentos a torturar:
Arrependimentos, desejos, sonhos desfeitos...
Se fazem presentes em cada terno olhar!.
Olhares a reluzirem como as próprias lágrimas,
A suplicar o que só a esperança traz;
O amanhã será novo dia:
Que todo pranto se reverta em paz!