Lágrimas

Tanto pranto a formar pequenas pétalas,

A correr em faces maculadas, dóceis, angelicais...

Como uma lança ferindo corações

Que padecem e suplicam em seus ais!

Desatinos, incompreensões, amarguras...

Vidas vazias, mas cheias de ternura

Tantos motivos levando ao desconsolo

Mas tantas razões para a esperança vindoura.

Lágrimas ardentes que fluem e deslizam.

Sufocam e caem deixando rastros hostis,

Como a brincar com tão puros sentimentos,

De sensibilidades puras e infantis.

Oh! Murmúrios cálidos que sufocam...

Quietude ímpar de aflição!

Gotas que externam a explosão interna

A lembrar passiva: os deslizes, a dor, a ilusão...

Entre suspiros sentidos

Vagueiam confusos pensamentos a torturar:

Arrependimentos, desejos, sonhos desfeitos...

Se fazem presentes em cada terno olhar!.

Olhares a reluzirem como as próprias lágrimas,

A suplicar o que só a esperança traz;

O amanhã será novo dia:

Que todo pranto se reverta em paz!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 27/09/2008
Reeditado em 03/08/2010
Código do texto: T1199312
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.