Tristeza

A tristeza

Parece uma tarde assim

Nublada, cinzenta

Sem a nobreza

Do amor entreaberto

Cheirando a sândalo.

Não se deve morrer

Numa tarde assim,

Discreta, sem aromas,

Silenciosa, amortalhada,

Sem cheiro de alecrim.

É preciso um sol

Enobrecido

De luzes feiticeiras,

Removendo da tristeza

Os remorsos

Iluminando a tarde

De pássaros inquietos,

Rutilantes,

Cristalinos.

Poesia extraída do livro: Chuvas de Primavera

... e outros poemas de outono.

Página:17

Fausta Pires
Enviado por Fausta Pires em 26/06/2008
Código do texto: T1052273
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