UMA CADEIRA VAZIA...

UMA CADEIRA VAZIA...

Num canto daquela sala

Uma cadeira vazia

Eu lembro que todo dia

Mamãe nela se sentava

O cabelo penteava

Branquinho feito algodão

Como dói no coração

Lembrar tão belo passado

Mas precisa ser lembrado

E jamais ser esquecido

E mesmo assim comovido

Fecho os olhos um momento

E revejo aquele aposento

Com a cadeira ocupada

E mamãe nela sentada

A conversar como antes

Os tempos áureos distantes

Que nos causava prazeres

Hoje detém os poderes

De só nos causar pesares

E quando lanço os olhares

Com os olhos cheios de pranto

Vejo a cadeira no canto

Mamãe nela não está mais

Hoje o seu corpo jaz

Inerte na sepultura

Era tão doce e tão pura

Mas o tempo com maldade

Levou-a pra eternidade

Deixando por ironia

Só uma cadeira vazia

E um peito cheio de saudade

Autor: Carlos Alberto de Oliveira Aires

Carpina-PE, 04/04/2008

Contato:poetacarlosaires@hotmail

Carlos Aires
Enviado por Carlos Aires em 05/04/2008
Reeditado em 13/09/2009
Código do texto: T931943
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