MARTELOS

Quem há de sentir a vermelhidade?

Essa peça eterna que se vai...

Tenho desconfiança de que o sol é só

E de que a casa sob as águas é quente...

Há quem durma sob as águas,

só sei ficar às ocultas da virada eterna,

feito um monge que se perdeu

E nunca se achou entre essas colunas...

A mesma brasa de se achar aqui

É o córrego infinito que se quebrou há tanto:

Não quero que as estrelas se fechem,

Não quero que o húmus se vá...

MIRANIL MORAES TAVARES
Enviado por MIRANIL MORAES TAVARES em 10/09/2024
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