O RETRATO

Enxugando o meu pranto em silêncio,

Movido pela dor da ausência sua,

Deixei cair em seu lívido retrato:

Cálida lágrima de ternura.

A gota prateada reluzia

Bem dentro dos olhos seus,

Refletindo em fragmentos

A tristeza dos olhos meus.

A moldura do retrato esbelto,

Simbolizando escultura,

Descortinava a beleza

Da sua doce candura.

Esse amor inesquecível

De embriagadores afagos,

Verte em meu ser a lembrança

Da aurora da minha vida.

A visão da sua imagem

É nostálgica, mas benquista:

Agridoce que retira

Da minha vida a desdita.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 03/09/2023
Código do texto: T7876777
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.